Segundo volume da coleção "Fonte Viva" - Interpretação dos Textos Evangélicos.
Ditada pelo espírito Emmanuel.
Psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira.
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Leitura do livro
Pão Nosso
Capítulo 93
O Evangelho e
a Mulher
“Assim devem
os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, amase a si mesmo.”
Paulo.
(Efésios, 5:28)
Muita vez, o apóstolo dos gentios tem sido acusado de excessiva
severidade para com o elemento feminino. Em alguns trechos das cartas que
dirigiu às igrejas, Paulo propôs medidas austeras que, de certo modo, chocaram
inúmeros aprendizes. Poucos discípulos repararam, na energia das palavras dele,
a mobilização dos recursos do Cristo, para que se fortalecesse a defesa da
mulher e dos patrimônios de elevação que lhe dizem respeito.
Com Jesus, começou o legítimo feminismo. Não aquele que enche as
mãos de suas expositoras com estandartes coloridos das ideologias políticas do
mundo, mas que lhes traça nos corações diretrizes superiores e santificantes.
Nos ambientes mais rigoristas em matéria de fé religiosa, quais o do Judaísmo,
antes do Mestre, a mulher não passava de mercadoria condenada ao cativeiro.
Vultos eminentes, quais Davi e Salomão, não conseguiram fugir aos abusos de sua
época, nesse particular.
O Evangelho, porém, inaugura nova era para as esperanças
femininas. Nele vemos a consagração da Mãe Santíssima, a sublime conversão de
Madalena, a dedicação das irmãs de Lázaro, o espírito abnegado das senhoras de
Jerusalém que acompanham o Senhor até o instante extremo. Desde Jesus,
observamos crescente respeito na Terra pela missão feminil. Paulo de Tarso foi
o consolidador desse movimento regenerativo. Apesar da energia áspera que lhe
assinala as palavras, procurava levantar a mulher da condição de aviltada,
confiandoa ao homem, na qualidade de mãe, irmã, esposa ou filha, associada aos
seus destinos e, como criatura de Deus, igual a ele.
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