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Leitura do Livro
Meditações Diárias
Capítulo 7
Quando a ideia
de repouso sugerir o adiamento da obra que te cabe fazer, persiste com a
disciplina mais um pouco e o dever bem cumprido ser-nos-á alegria perene.
Chaves
Libertadoras
Desgosto.
Qualquer contratempo aborrece.
No entanto, sem desgosto, a conquista de experiência é
impraticável.
Obstáculo.
Todo empeço atrapalha.
Sem obstáculo, porém, nenhum de nós consegue efetuar a superação
das próprias deficiências.
Decepção.
Qualquer desilusão incomoda.
Todavia, sem decepção, não chegamos a discernir o certo do
errado.
Enfermidade.
Toda doença embaraça.
Sem a enfermidade, entretanto, é muito difícil consolidar a
preservação consciente da própria saúde.
Tentação.
Qualquer desafio conturba.
Mas, sem tentação, nunca se mede a própria resistência.
Prejuízo.
Todo golpe fere.
Sem prejuízo, porém, é quase impossível construir segurança nas
relações uns com os outros.
Ingratidão.
Qualquer insulto à confiança estraga a vida espiritual.
No entanto, sem o concurso da ingratidão que nos visite, não
saberemos formular equações verdadeiras nas contas de nosso tesouro afetivo.
Desencarnação.
Toda morte traz dor.
Sem a desencarnação, porém, não atingiríamos a renovação
precisa, largando processos menos felizes de vivência ou livrando-nos da
caducidade no terreno das formas.
Compreendamos, à face disso, que não podemos louvar as
dificuldades que nos rodeiem, mas é imperioso reconhecer que, sem elas,
eternizaríamos paixões, enganos, desequilíbrios e desacertos, motivo pelo qual
será justo interpretá-las por chaves libertadoras, que funcionam em nosso
Espírito, a fim de que nosso Espírito se mude para o que deve ser, mudando em
si e fora de si tudo aquilo que lhe compete mudar.
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