Segundo volume da coleção "Fonte Viva" - Interpretação dos Textos Evangélicos.
Ditada pelo espírito Emmanuel.
Psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira.
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Leitura do livro
Pão Nosso
Capítulo 125
Separação
“Todavia, digo-vos
a verdade: a vós convém que eu vá.”
Jesus. (João,
16:7)
Semelhante declaração do Mestre ressoa em nossas fibras mais
íntimas.
Ninguém sabia amar tanto quanto Ele, contudo, era o primeiro a
reconhecer a conveniência da partida, em favor dos companheiros.
Que teria acontecido se Jesus teimasse em permanecer?
Provavelmente, as multidões terrestres teriam acentuado as
tendências egoísticas, consolidando-as.
Porque o Divino Amigo havia buscado Lázaro no sepulcro, ninguém
mais se resignaria à separação pela morte. Por se haverem limpado alguns
leprosos ninguém aceitaria, de futuro, a cooperação proveitosa das moléstias
físicas. O resultado lógico seria a perturbação geral no mecanismo evolutivo.
O Mestre precisava ausentar-se para que o esforço de cada um se
fizesse visível no plano divino da obra mundial. De outro modo, seria perpetuar
a indolência de uns e o egoísmo de outros.
Sob diferentes aspectos, repete-se, diariamente, a grande hora
da família evangélica em nossos agrupamentos afins.
Quantas vezes surgirá a viuvez, a orfandade, o sofrimento da
distância, a perplexidade e a dor por elevada conveniência ao bem comum?
Recordai a presente passagem do Evangelho, quando a separação vos faça chorar, porque se a morte do corpo é renovação para quem parte é também vida nova para os que ficam.
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