Segundo volume da coleção "Fonte Viva" - Interpretação dos Textos Evangélicos.
Ditada pelo espírito Emmanuel.
Psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira.
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Leitura do livro
Pão Nosso
Capítulo 139
Oferendas
“Porque isto
fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.”
Paulo.
(Hebreus, 7:27)
As criaturas humanas vão sempre bem na casa farta, ante o céu
azul. Entretanto, logo surjam dificuldades, ei-las à procura de quem as
substitua nos lugares de aborrecimento e dor. Muitas vezes, pagam preço elevado
pela fuga e adiam indefinidamente a experiência benéfica a que foram convidadas
pela mão do Senhor.
Em razão disso, os religiosos de todos os tempos estabelecem
complicados problemas com as oferendas da fé.
Nos ritos primitivos não houve qualquer hesitação, perante o
sacrifício de jovens e crianças.
Com o escoar do tempo, o homem passou à matança de ovelhas,
touros e bodes nos santuários.
Por muitos séculos perdurou o plano de óbolos em preciosidades e
riquezas destinadas aos serviços do culto.
Com todas essas demonstrações, porém, o homem não procura senão
aliciar a simpatia exclusiva de Deus, qual se o Pai estivesse inclinado aos
particularismos terrestres.
A maioria dos que oferecem dádivas materiais não procede assim,
ante as casas da fé, por amor à obra divina, mas com o propósito deliberado de
comprar o favor do céu, eximindo-se ao trabalho de auto aperfeiçoamento.
Nesse sentido, contudo, o Cristo forneceu preciosa resposta aos
seus tutelados do mundo.
Longe de pleitear quaisquer prerrogativas, não enviou substitutos ao Calvário ou animais para sacrifício nos templos e, sim, abraçou, ele mesmo, a cruz pesada, imolando-se em favor das criaturas e dando a entender que todos os discípulos serão compelidos ao testemunho próprio, no altar da própria vida.
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