Segundo volume da coleção "Fonte Viva" - Interpretação dos Textos Evangélicos.
Ditada pelo espírito Emmanuel.
Psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira.
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Leitura do livro
Pão Nosso
Capítulo 121
Monturo
“Nem presta
para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir,
ouça.”
Jesus. (Lucas,
14:35)
Segundo deduzimos, Jesus emprestou significação ao monturo.
Terra e lixo, nesta passagem, revestem-se de valor essencial.
Com a primeira, realizaremos a semeadura, com o segundo é possível fazer a
adubação, onde se faça necessária.
Grande porção de aprendizes, imitando a atitude dos fariseus
antigos, foge ao primeiro encontro com as “zonas estercorárias” do próximo;
entretanto, tal se verifica porque lhes desconhecem as expressões proveitosas.
O Evangelho está cheio de lições, nesse setor do conhecimento iluminativo.
Se José da Galileia ou Maria de Nazaré simbolizam terras de
virtudes fartas, o mesmo não sucede aos apóstolos que, a cada passo, necessitam
recorrer à fonte das lágrimas que escorrem do monturo de remorsos e fraquezas,
propriamente humanos, a fim de fertilizarem o terreno empobrecido de seus
corações. De quanto adubo dessa natureza precisaram Madalena e Paulo, por
exemplo, até alcançarem a gloriosa posição em que se destacaram?
Transformemos nossas misérias em lições.
Identifiquemos o monturo que a própria ignorância amontoou em torno de nós mesmos, convertamo-lo em adubo de nossa “terra íntima” e teremos dado razoável solução ao problema de nossos grandes males.
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