Segundo volume da coleção "Fonte Viva" - Interpretação dos Textos Evangélicos.
Ditada pelo espírito Emmanuel.
Psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira.
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Leitura do livro
Pão Nosso
Capítulo 112
Tabernáculos Eternos
“Também vos
digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos
faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.”
Jesus. (Lucas, 16:9)
Um homem despercebido das obrigações espirituais julgará
encontrar nesta passagem um ladrão inteligente comprando o favor de advogados
venais, de modo a reintegrar-se nos títulos honrosos da convenção humana.
Todavia, quando Jesus fala em amigos, refere-se a irmãos sinceros e devotados,
e, quando menciona as riquezas da injustiça, inclui o passado total da
criatura, com todas as lições dolorosas que o caracterizam. Assim também,
quando se reporta aos tabernáculos eternos, não os localiza em paços
celestiais.
O Mestre situou o tabernáculo sagrado no coração do homem.
Mais que ninguém, o
Salvador identificava-nos as imperfeições e, evidenciando imensa piedade ante
as deficiências que nos assinalam o espírito, proferiu as divinas palavras que
nos servem ao estudo.
Conhecendo-nos os desvios, asseverou, em síntese, que devemos
aproveitar os bens transitórios, ao alcance de nossas mãos, mobilizando-os na
fraternidade legítima para que, esquecendo os crimes e ódios de outro tempo,
nos façamos irmãos abnegados uns dos outros.
Valorizemos, desse modo, a nossa permanência nos serviços da
Terra, na condição de encarnados ou desencarnados, favorecendo, por todos os
recursos ao nosso dispor, a própria melhoria e a elevação dos nossos
semelhantes, agindo na direção da luz e amando sempre, porquanto, dentro dessas
normas de solidariedade sublime, poderemos contar com a dedicação de amigos fiéis que, na
qualidade de discípulos mais dedicados e enobrecidos que nós, nos auxiliarão
efetivamente, acolhendo-nos em seus corações, convertidos em tabernáculos do
Senhor, ajudando-nos não só a obter
novas oportunidades de reajustamento e santificação, mas também endossando
perante Jesus as nossas promessas e aspirações, diante da vida superior.
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