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Segurando um Bebê nos Braços
Você já segurou um bebê recém-nascido no colo?
A maioria de nós talvez sim.
No entanto, perguntamos uma vez mais: Será que você tinha plena consciência do que segurava nos braços?
Para os pais de primeira viagem há uma mistura de emoção com receio. Para os avós, aquela curiosidade de saber com quem se parece.
Para os profissionais da área médica, o necessário olhar técnico: Está tudo bem com a criança? Respira adequadamente? Cor de pele, tônus muscular, membros.
Convidamos você, numa próxima oportunidade, a desenvolver um olhar diferente, sem as paixões e preocupações corriqueiras. Façamos juntos a experiência.
Percebamos primeiro o tamanho.
Incrível as dimensões de tudo nesse pequenino corpo.
Notemos a perfeição dos dedos das mãos, como eles são desenhados em ricos detalhes. Frágeis. Parece que qualquer coisa poderá quebrá-los.
Vejamos os pés. Que escultura magnífica! Os ossos todos formados. Uns pés magrinhos, outros rechonchudos.
Talvez não consigamos perceber, mas ali estão as características dos pés do pai, dos pés da mãe.
As heranças genéticas produzem um espetáculo lindíssimo, colocando em nós essa assinatura física, essa parecença corporal. Sabedoria Divina, desejando que nos sintamos muito próximos de quem nos deu a vida física.
Silenciemos um pouco e tentemos escutar a respiração. Quem sabe até as batidas cardíacas.
Respiração rápida. O coração bate de 130 a 150 vezes por minuto!
Esse reduzido organismo está cheio de energia. É o amanhecer de uma nova encarnação louvando a vida.
Ele nasce ouvindo muito bem, uma vez que começa a desenvolver a audição a partir dos cinco meses de gestação.
Enquanto no útero, ele escuta o som dos movimentos dos órgãos maternos e, principalmente, o coração da genitora, numa intensidade que pode chegar a 95 decibéis - tanto barulho quanto um helicóptero em pleno voo.
Notemos os traços do rosto. As tentativas de abrir os olhos.
Quanta fragilidade e, ao mesmo tempo, quanta força. A força da natureza que nos dá novas oportunidades em vestes corporais.
Lembremos, contudo, que, embora encantadora, é apenas uma veste. Recebida no ventre da mãe e que deverá ser entregue mais adiante, na aduana da desencarnação.
Costumamos dizer que o ser, a essência, está ali dentro. É quase isso, pois nossa linguagem e compreensão ainda não nos permitem perceber além.
O ser, o Espírito, está no comando desse novo corpo material que lhe servirá de instrumento de evolução em mais um capítulo de sua história sem fim.
E tudo isso, toda essa grandiosidade, está em nossos braços.
O que podemos lhe dizer? Que sentimento podemos lhe oferecer?
O que Jesus diria se tivesse uma criança em seus braços?
Talvez lembrasse de uma das suas bem-aventuranças, a que fala dos limpos de coração...
Ou, quem sabe, recordaria da lição das criancinhas: O reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas.
Ou ainda, simplesmente lhe diria, sem palavras, alcançando-o pela escuta da alma: Tenha uma boa vida. Estarei contigo.
Redação do Momento Espírita
Em 22.5.2023.
Fonte: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6891
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