Pão Nosso
Segundo Volume da coleção “Fonte Viva” - Interpretação dos Textos Evangélicos
Ditada pelo Espírito Emmanuel
Psicografada por Francisco Cândido Xavier
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira
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Leitura do livro Pão Nosso
Capítulo 42
Sempre Vivos
“Ora, Deus não é de mortos,
mas, sim, de vivos. Por isso, vós errais
muito.” Jesus (Marcos, 12:27)
Considerando as convenções
estabelecidas em nosso trato com os amigos encarnados, de quando em quando nos
referimos à vida espiritual utilizando apalavra “morte” nessa ou naquela
sentença de conversação usual. No entanto, é imprescindível entendê-la, não por
cessação e sim por atividade transformadora da vida.
Espiritualmente falando,
apenas conhecemos um gênero temível de morte –
a da consciência denegrida no
mal, torturada de remorso ou
paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do
crime.
É chegada a época de
reconhecermos que todos somos vivos na Criação Eterna. Em virtude de tardar
semelhante conhecimento nos homens, é que se verificam grandes erros. Em razão
disso, a Igreja Católica Romana criou, em sua teologia, um céu e um inferno
artificiais; diversas coletividades das organizações evangélicas protestantes apegam-se
à letra, crentes de que o corpo, vestimenta material do Espírito, ressurgirá um
dia dos sepulcros, violando os princípios da Natureza, e inúmeros espiritistas
nos têm como fantasmas de laboratório ou formas esvoaçantes, vagas e aéreas,
errando indefinidamente.
Quem passa pela sepultura
prossegue trabalhando e, aqui, quanto aí, só existe desordem para o desordeiro.
Na Crosta da Terra ou além de seus círculos, permanecemos vivos
invariavelmente.
Não te esqueças, pois, de
que os desencarnados não são magos, nem adivinhos. São irmãos que continuam na
luta de aprimoramento.
Encontramos a morte tão somente
nos caminhos do mal, onde as sombras impedem a visão gloriosa da vida.
Guardemos a lição do
Evangelho e jamais esqueçamos que Nosso Pai é Deus dos vivos imortais.
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