Pão Nosso
Segundo Volume da coleção “Fonte Viva” - Interpretação dos Textos Evangélicos
Ditada pelo Espírito Emmanuel
Psicografada por Francisco Cândido Xavier
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira
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Leitura do livro Pão Nosso
Capítulo 47
O problema de Agradar
“Se estivesse ainda
agradando aos homens, não seria servo do Cristo”. Paulo. (Gálatas, 1:10)
Os
sinceros discípulos do Evangelho devem estar muito preocupados com os deveres
próprios e com a aprovação isolada e tranquila da consciência, nos trabalhos
que foram chamados a executar, cada dia, aprendendo a prescindir das opiniões
desarrazoadas do mundo.
A
multidão não saberá dispensar carinho e admiração senão àqueles que lhe satisfazem
as exigências e caprichos; nos conflitos que lhe assinalam a marcha, o aprendiz
fiel de Jesus será um trabalhador diferente que, em seus impulsos instintivos,
ela não poderá compreender.
Muita
inexperiência e invigilância revelará o mensageiro da Boa Nova que manifeste
inquietude, com relação aos pareceres do mundo a seu respeito; quando se encontre
na prosperidade material, em que o Mestre lhe confere mais rigorosa mordomia,
muitos vizinhos lhe perguntarão, maliciosos, pela causa dos êxitos sucessivos
em que se envolve, e, quando penetra o campo da pobreza e da dificuldade, o
povo lhe atribui as experiências difíceis a supostas defecções ante as sublimes
ideias esposadas.
É
indispensável trabalhar para os homens, como quem sabe que a obra integral
pertence a Jesus Cristo. O mundo compreenderá o esforço do servidor sincero,
mas, em outra oportunidade, quando lho permita a ascensão evolutiva.
Em
muitas ocasiões, os pareceres populares equivalem à gritaria das assembleias
infantis, que não toleram os educadores mais altamente inspirados, nas linhas
de ordem e elevação, trabalho e aproveitamento.
Que
o sincero trabalhador do Cristo, portanto, saiba operar sem a preocupação com
os juízos errôneos das criaturas. Jesus o conhece e isto basta.
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