Pão Nosso
Segundo Volume da coleção “Fonte Viva” - Interpretação dos Textos Evangélicos
Ditada pelo Espírito Emmanuel
Psicografada por Francisco Cândido Xavier
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira
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Leitura do livro Pão Nosso
Capítulo 33
Trabalhemos Também
“E dizendo: Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às
mesmas paixões.” (Atos, 14:15)
O grito de Paulo e Barnabé
ainda repercute entre os aprendizes fiéis. A família cristã muita vez há
desejado perpetuar a ilusão dos habitantes de Listra.
Os missionários da Revelação
não possuem privilégios ante o espírito de testemunho pessoal no serviço. As
realizações que poderíamos apontar por graça ou prerrogativa especial, nada
mais exprimem senão o profundo esforço deles mesmos, no sentido de aprender e
aplicar com Jesus.
O Cristo não fundou com a
sua doutrina um sistema de deuses e devotos, separados entre si; criou vigoroso
organismo de transformação espiritual para o bem supremo, destinado a todos os
corações sedentos de luz, amor e verdade.
No Evangelho, vemos Madalena,
arrastando dolorosos enganos, Paulo, perseguindo ideais salvadores, Pedro,
negando o Divino Amigo, Marcos, em luta com as próprias hesitações; entretanto,
ainda aí, contemplamos a filha de Magdala, renovada no caminho redentor, o
grande perseguidor convertido em arauto da Boa Nova, o discípulo frágil
conduzido à glória espiritual e o
companheiro vacilante transformado
em evangelista da Humanidade inteira.
O Cristianismo é fonte
bendita de restauração da alma para Deus.
O mal de muitos aprendizes
procede da idolatria a que se entregam, em derredor dos valorosos expoentes da
fé viva, que aceitam no sacrifício a verdadeira fórmula de elevação; imaginam-nos
em tronos de fantasia e rojam-se lhes aos pés, sentindo-se confundidos, inaptos
e miseráveis, esquecendo que o Pai concede a todos os filhos as energias
necessárias à vitória.
Naturalmente, todos devemos
amor e respeito aos grandes vultos do caminho cristão; todavia, por isto mesmo,
não podemos olvidar que Paulo e Pedro, como tantos outros, saíram das fraquezas
humanas para os dons celestiais, e que o Planeta Terreno é uma escola de
iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa
missão.
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