Pão Nosso
Segundo Volume da coleção “Fonte Viva” - Interpretação dos Textos Evangélicos
Ditada pelo Espírito Emmanuel
Psicografada por Francisco Cândido Xavier
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira
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Leitura do livro Pão Nosso
Capítulo 24
Filhos pródigos
“E caindo em si, disse:
Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de
fome!” (Lucas, 15:17)
Examinando se a figura do
filho pródigo, toda gente idealiza um homem rico, dissipando possibilidades
materiais nos festins do mundo.
O quadro, todavia, deve ser
ampliado, abrangendo as modalidades diferentes.
Os filhos pródigos não
respiram somente onde se encontra o dinheiro em abundância.
Acomodam-se em todos os
campos da atividade humana, resvalando de posições diversas.
Grandes cientistas da Terra
são perdulários da inteligência, destilando venenos intelectuais, indignos das
concessões de que foram aquinhoados. Artistas preciosos gastam, por vezes,
inutilmente, a imaginação e a sensibilidade, através de aventuras mesquinhas,
caindo, afinal, nos desvãos do relaxamento e do crime.
Em toda parte, vemos os
dissipadores de bens, de saber, de tempo, de saúde, de oportunidades...
São eles que, contemplando
os corações simples e humildes, em marcha para Deus, possuídos de verdadeira
confiança, experimentam a enorme angústia da inutilidade e, distantes da paz
íntima, exclamam desalentados:
– “Quantos trabalhadores
pequeninos guardam o pão da tranquilidade, enquanto a fome de paz me tortura o
espírito!”
O mundo permanece repleto de
filhos pródigos e, de hora a hora, milhares de vozes proferem aflitivas
exclamações iguais a esta.
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