Pão Nosso
Segundo Volume da coleção “Fonte Viva” - Interpretação dos Textos Evangélicos
Ditada pelo Espírito Emmanuel
Psicografada por Francisco Cândido Xavier
Publicado em 1950 pela Editora FEB - Federação Espírita Brasileira
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Leitura do livro Pão Nosso
Capítulo 32
Cadáveres
“Pois onde estiver o
cadáver, aí se ajuntarão as águias.” (Mateus, 24:28)
Apresentando a imagem do
cadáver e das águias, referia-se o Mestre à necessidade dos homens penitentes,
que precisam recursos de combate à extinção das sombras em que se mergulham.
Não se elimina o pântano, atirando-lhe
flores. Os corpos apodrecidos no campo atraem corvos que os devoram. Essa
figura, de alta significação simbológica, é dos mais fortes apelos do Senhor,
conclamando os servidores do Evangelho aos movimentos do trabalho santificante.
Em vários círculos do
Cristianismo renascente surgem os que se queixam, desalentados, da ação de
perseguidores, obsessores e verdugos visíveis e invisíveis. Alguns aprendizes
se declaram atados à influência deles e confessam-se incapazes de atender aos
desígnios de Jesus.
Conviria, porém, muita
ponderação, antes de afirmativas desse jaez, que apenas acusam os próprios
autores.
É imprescindível lembrar
sempre que as aves impiedosas se ajuntarão em torno de cadáveres ao abandono.
Os corvos se aninham noutras
regiões, quando se alimpa o campo em que permaneciam.
Um homem que se afirma invariavelmente
infeliz fornece a impressão de que respira num sepulcro; todavia, quando
procura renovar o próprio caminho, as aves escuras da tristeza negativa se
afastam para mais longe.
Luta contra os cadáveres de
qualquer natureza que se abriguem em teu mundo interior. Deixa que o divino sol
da espiritualidade te penetre, pois, enquanto fores ataúde de coisas mortas,
serás seguido, de perto, pelas águias da destruição.
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